120 dias de Pandemia. Em que grupo você está?

A pandemia de COVID-19 no Brasil teve início em 26 de fevereiro de 2020, após a confirmação de que um homem de 61 anos de São Paulo que retornou da Itália testou positivo para a SARS-CoV-2, causador da COVID-19.

Lembro bem deste dia. Eu estava trabalhando, empolgado com os novos projetos que estavam chegando ao nosso escritório. Projetávamos um crescimento este ano de 60% a mais no faturamento do grupo, pois embora o crescimento econômico do país estivesse apenas engatinhando, que com a recente aprovação da reforma trabalhista, havia a perspectiva de um crescimento do PIP na ordem de 2%. Foi aí que eu recebi os noticiários informando que todos, (exceto os serviços essenciais à sobrevivência), deveriam suspender suas atividades.

O mundo inteiro foi pego de surpresa. A medida que o vírus se alastrava pelos países a partir de Wuhan na China, o número de mortes aumentava assustadoramente em alguns países como Itália e Espanha. A quarentena foi anunciada pelo governo. O confinamento em casa era a única medida a ser cumprida para se proteger da doença.

Lembro que na primeira semana a insegurança era total. As ruas ficaram vazias, o comércio fechou quase em sua totalidade. Um sentimento de fragilidade tomou conta da população.

Mas com o passar dos dias, as pessoas foram se posicionando, entre as várias medidas tomadas pelos líderes e governos, algumas assertivas e outras absurdas, todos foram retomando as suas vidas num “novo normal”. Ou pelo menos tentando.

O restante da história você conhece. Já se passaram 120 dias e estamos vivendo ainda no meio desta pandemia. Com muitas incertezas e insegurança, perdendo entes queridos, porque infelizmente a cura ainda não chegou.

Embora seja um pouco longa, esta foi apenas a introdução do assunto que eu gostaria de abordar hoje com vocês. Porque durante este longo período de quarentena para muitos, cabe fazer o seguinte questionamento: Como estamos utilizando este tempo ocioso? Como temos refletido sobre os eventos que estão diante de nós, exatamente em nossos dias?

Eu andei pensando nisto. Então classifiquei em três grupos as pessoas que estão sobrevivendo a esta crise. E para ficar mais interessante coloquei um nome para cada grupo:

GRUPO 1 - “OS PRUDENTES”

São aquelas pessoas que ficaram chocadas com a notícia do vírus. Tomaram todos os cuidados desde o primeiro dia, mudaram radicalmente suas rotinas. Não saem de casa a não ser em casos de extrema necessidade. Tem um rádio ou tv ligado por perto durante todo o dia para saber em primeira mão as notícias. Procuram fazer ao pé da letra, tudo que o Governo determina. O medo de contrair o vírus é a sua ferramenta de sobrevivência.

Grupo 2 - “SEJA O QUE DEUS QUISER”

São aquelas pessoas que no começo tiveram um pouco de medo da notícia. Mas como o passar dos dias, a preocupação com o risco de perder o emprego, com as contas, com o perigo de passarem necessidades básicas, os encorajaram a se lançaram a sua antiga rotina de vida, e procurando tomar os devidos cuidados, tentam seguir em frente. São pessoas que encaram o risco de contrair o vírus todos os dias, porque não podem simplesmente ficarem olhando para o céu esperando o milagre acontecer. Acredito que este seja o grupo onde está a maioria da população.

Grupo 3 – “VAMOS PRA CIMA!”

São aquelas pessoas que nunca tem medo de nada. Até reconhecem o risco mas jamais abrem mão de suas rotinas. Não são muito cuidadosas com a doença. Acreditam que o assunto é mais midiático do que propriamente real, essas pessoas dizem não terem medo de morrer, porque segundo elas, todos morrerão um dia, então vão em frente sem qualquer hesitação. (Você conhece alguém famoso deste grupo? Rs)

Dentro destes três grupos de pessoas, existem ainda dois sub-grupos.

A) = os que refletem sobre este momento;

B) = os que não tem tempo para pensar nisso. É vida que segue.

No livro de Mateus 25, Jesus disse em uma parábola que haviam dez virgens. Todas estavam esperando o noivo para tipo entrar na cerimônia, o papel delas seria como o desses noivinhos de hoje, crianças que entram com as alianças). A narrativa informa que cinco delas eram prudentes mas as outras cincos não consideravam a chegada do noivo com tanta tenacidade.

Então o noivo chegou. Apenas cinco delas estavam preparadas. O passaporte necessário para ingressar no casamento era terem as suas lâmpadas acesas. Na palavra de Deus o azeite tem sua simbologia muito ligada ao Espírito Santo. Ele estava presente no candelabro do Santuário, conforme descrito em Êxodo 25:31,32, 36-40.

A parábola referida nos traz a lição de que apenas uma pequena parcela da sociedade estará preparada para se encontrar com o Noivo. Pois há três requisitos que as qualificam para este evento:

1- serem Convidadas;

2- serem virgens;

3- possuir o azeite em suas lâmpadas.

Na bíblia, uma mulher virgem simboliza uma igreja santa, um povo que não deixou se contaminar com os prazeres deste mundo. Embora viessem dele, purificaram suas vestes no sangue do Cordeiro como está escrito em Apoc 22:14.

Já mencionamos que o azeite é o Espírito Santo. Para que alguém consiga ter um título tão puro como o de “virgem”, é necessário passar por uma transformação no seu caráter e atitudes, e isto só é possível com uma vida na presença de Deus, se enchendo a cada dia com a porção do Espírito Santo.

Mas ainda não falamos do convite. Interessante que num casamento é bastante constrangedor alguém participar sem ser convidado não é mesmo? Mas o noivo que estamos falando aqui, fez um convite incrível a todos os seres humanos. Olha o que os textos abaixo dizem:

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve." Mateus 11:28-30

"Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo... "Apocalipse 3:20.

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou." Apocalipse 19:7

Agora voltando ao assunto da atual pandemia. Embora o número de curados é imensamente maior do que o número de óbitos, a notícia intrigante é que, não é possível saber se pegaremos ou não este vírus e muito menos se ao pegarmos, escaparemos ou não com vida.

Os três grupos estão entre nós. Com certeza você e eu nos encaixamos em algum. Mas independente do grupo que você faça parte, quero dizer-lhe que a chegada do noivo, poder estar mais perto de você a cada momento.

A pandemia vai passar, eu acredito nisso. Mas para ter acesso um dia a “Festa do Noivo” ou as “Bodas do Cordeiro”, é necessário ter a sua lâmpada continuamente acesa. É necessário aceitar o convite de Cristo, purificar suas vestes para que “naquele dia”, não sejamos pegos de surpresa.

E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus. Apocalipse 19:9

Aproveite melhor o seu tempo. Estude a bíblia.

Ligue para alguém que possa te ajudar a compreendê-la e prepare-se para encontrar com Deus. Estamos aqui para ajudar você!

A vida é curta. Compre azeite.

Da reflexão de hoje extraímos duas certezas:

O fim da pandemia vai chegar. E o noivo também.

Ivan Passos

@contagemregressiva.org